Virou
Autor: Gerson Lopes Alencar
Data da publicação: febrero 23, 2017

Milo Yiannopoulos, antifeminista e de extrema direita

O ultradireitista Milo Yiannopoulos é um pseudo-intelectual antifeminista que se define como o «troll maior da internet», canal que viu nascer e alimentar o seu personagem. Ferrenho defensor de Donald Trump, o grego-britânico de 33 anos, foi forçado a se demitir do seu cargo de editor na Breitbart News, o meio de comunicação de extrema-direita e que foi dirigido por Steve Bannon (o atual chefe de estratégias do presidente norte-americano). O pedido de demissão teria ocorrido por algumas afirmações que teria feito sobre pedofilia.

As opiniões sobre o abuso sexual de menores foi somente uma dentre as muitas polêmicas em torno da sua figura, uma estrela mediática com estilo Kardashian, cuja trajetória é marcada por ideias incendiárias. Autor das frases mais incríveis que descrevem como pensa o «vilão» (como ele gosta de ser chamado), mais instigante da rede.

Contra os cidadãos negros

Yiannopoulos é um claro opositor ao Black Lives Matter, um movimento surgido da brutalidade policial que vem sofrendo a comunidade afro-americana nos EUA, nos últimos anos. Em uma de suas aparições, o ultraconservador tentou desacreditar as bases do movimento, ponto por ponto: «Seriam necessários 40 anos de assassinatos de negros nas mãos de policiais para igualar o número de negros mortos por outros negros em um ano», foi um de seus argumentos.

Para Yiannopoulos, como muitos dos pensadores da extrema-direita e islamófobos, o islã seria comparado ao terrorismo. Após o ataque na discoteca gay em Orlando em junho do ano passado, o jornalista alertou que os Estados Unidos tinha «um problema com os muçulmanos» e que o atentado (perpetrado por um norte-americano de pais afegãos), era a expressão dos «valores principais dos muçulmanos».

As suas formas exageradas e pensamentos extremos, muitas vezes contraditórios, fazem pensar que ele não passaria na verdade de um personagem.